Até 1943 o Ministério da Aeronáutica só se pôde valer das Medalhas Militares de Bronze, Prata e Ouro, comum às três armas, para condecorar seus militares. Somente em 1° de novembro desse ano o Decreto-Lei 5.961 criou a Ordem do Mérito Militar, destinada a condecorar militares nacionais e estrangeiros que se distinguissem em seus serviços ao País, e a civis, por serviços relevantes prestados à empresa. Regulamentado pelo Decreto 13.842, a Ordem possui cinco graus: Cavaleiro, Oficial, Comendador, Grande Oficial e Gran Cruz.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os oficiais aviadores brasileiros do 1° Grupo de Caça e da 1ª Esquadrilha de Ligação e Observação que lutavam na Itália receberam, em diversas ocasiões, condecorações adotadas nas Forças Aéreas Aliadas, principalmente na USAAF e na Armée de l'Air. De modo a poder ficar em condições de poder condecorar seus oficiais e oficiais estrangeiros, o Ministério da Aeronáutica instituiu, pelo Decreto Lei 7.454, de 10 de abril de 1945, as primeiras medalhas da FAB.
Cruz de Bravura
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Instituída em 10 de abril de 1945 pelo Decreto-Lei Nº 7.454, a "Cruz de Bravura" é concedida aos militares da ativa e da reserva da FAB, os quais tenham se distinguido por excepcionais atos de bravura em campanha. A "Cruz de Bravura" pode ser concedida tanto a tripulações de aeronaves como ao pessoal de terra. Cruz de Bravura - de bronze oxidado; cruz dos templários estilizada, com 40 mm de diâmetro, quatro ramos de 12 mm cada um, com 14 mm nas extremidades e 7 mm nas partes mais estreitas, contornados por filete de 1 mm de largura, sobreposta a uma coroa de louros de 3 mm de largura, lavrada em relevo, que aparece entre os ramos; a cruz carregada a um disco filetado, de 16 mm de diâmetro, contornado por filete de 1 mrn; ao centro o emblema da F.A.B., em relevo, com envergadura de asas de 21 mm e sabre de 16 mm de altura. A Cruz foi concedida até hoje a apenas cinco agraciados, todos eles pilotos do 1º Grupo de Aviação de Caça e que perderam suas vidas em combate na Itália durante a 2ª Guerra Mundial. Além de receberem post-mortem a Cruz de Bravura, todos foram promovidos.
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Cruz de Sangue
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Instituída em 10 de abril de 1945 pelo Decreto-Lei Nº 7.454, destina-se a agraciar aqueles feridos em ação contra o inimigo, sejam militares da FAB ou civis brasileiros que nela sirvam. A concessão da "Cruz de Sangue" dar-se-á àqueles cujos ferimentos decorrentes da ação inimiga exijam cuidados médicos; cada ferimento subsequente nas mesmas circunstâncias dá direito a uma palma de bronze a ser usada na fita. A Cruz é em bronze oxidado, com a forma de uma cruz floretada; a Cruz é carregada a um disco filetado, com o emblema da FAB sobre o mesmo, em relevo, ao centro; no reverso do disco, a inscrição "Cruz de Sangue" em relevo, ao topo do disco, e "FAB" no exergo. A Cruz é ligada a uma barreta na forma de asas estilizadas, pendendo da fita em vermelhão, com dois frisos em azul-rei ladeados por frisos em branco nas bordas laterais. Foi concedida aos seguinte membros do 1º GAvCa:
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Cruz de Aviação - Fita A
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Instituída em 10 de abril de 1945 pelo Decreto-Lei Nº 7.454, a fim de agraciar aqueles membros de tripulações de aeronaves da FAB e de nações Aliadas que tenham cumprido com eficiência as missões de guerra a eles atribuídas. A Cruz é concedida com a fita "A" para aqueles agraciados que tenham feito jus à mesma no Teatro de Operações da Itália. Para cada 25 missões completadas, o agraciado tem direito a colocar uma estrela sobre a fita. Cada grupo de 5 estrelas é substituído por uma palma de bronze. A Cruz é em bronze oxidado, com a forma de uma cruz pátea estilizada; a Cruz é carregada a um disco filetado, com o emblema da FAB sobre o mesmo, em relevo, ao centro; no reverso do disco, a inscrição "Cruz de Aviação" em relevo, ao topo do disco, e "FAB" no exergo. Na fita "A", a Cruz é ligada a uma barreta na forma de asas estilizadas, pendendo da fita em branco, com dois frisos em azul-rei nas bordas laterais. Foi concedida aos seguinte membros do 1º GAvCa: Cruz de Aviação Fita A com 1 Palma
Cruz de Aviação Fita A com 3 Estrelas
Cruz de Aviação Fita A com 2 Estrelas
Cruz de Aviação Fita A com 1 Estrela
Cruz de Aviação Fita A
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Cruz de Aviação - Fita B
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Sentindo a necessidade de distinguir também os Oficiais-Aviadores que realizaram missões de patrulhamento contra submarinos no litoral brasileiro, durante a Segunda Guerra Mundial, o Governo instituiu a "Fita B" para a "Cruz de Aviação", em 1947. Para cada 20 missões completadas, o agraciado tem direito a colocar uma estrela sobre a fita; cada grupo de 5 estrelas é substituído por uma palma de bronze. A Cruz é em bronze oxidado, com a forma de uma cruz pátea estilizada; a Cruz é carregada a um disco filetado, com o emblema da FAB sobre o mesmo, em relevo, ao centro; no reverso do disco, a inscrição "Cruz de Aviação" em relevo, ao topo do disco, e "FAB" no exergo. Na fita "B", a Cruz é ligada a uma barreta na forma de asas estilizadas, pendendo da fita em amarelo ouro, com duas faixas em vermelhão nas extremidades; sobre estas, ao centro, dois frisos, em verde e amarelo. |
Medalha da Campanha da Itália
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Instituída em 10 de abril de 1945 pelo Decreto-Lei Nº 7.454, com a finalidade de agraciar aqueles militares da ativa e da reserva da FAB que tenham participado da campanha na Itália em 1944-1945, tendo prestado bons serviços e sem nota desabonadora. A medalha pode ser também concedida a Unidades Aéreas, as quais tenham se destacado pelo conjunto de suas ações na referida campanha. Foram agraciados todos os membros do 1º Grupo de Aviação de Caça e também todos os que, mesmo não fazendo parte do efetivo na Itália, trabalharam em funções relacionadas a ele no Brasil ou no estrangeiro. A Medalha é em bronze oxidado, em forma de disco, filetado, circundado por uma coroa de louros, com o emblema da FAB sobre o mesmo, em relevo, ao centro; no reverso do disco, a inscrição "Campanha na Itália" em relevo, ao topo do disco, e "FAB" no exergo. A Medalha é ligada a uma barreta na forma de asas estilizadas, pendendo da fita em azul-rei, tendo ao centro três frisos em verde, branco e vermelhão. Carta de Nero Moura ao Chefe de Gabinete do Ministro da Aeronáutica propondo a concessão da Medalha da Campanha da Itália:
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